Há muitas maneiras de anunciar
as verdades de Deus, que é sua Santa Palavra, como, por exemplo: livros,
folhetos, revistas, TV, rádio, internet, púlpito, entre outros. Todos estes são
meios de propagar as verdades, cada uma conforme sua proporção de alcance. Contudo,
nem sempre estes meios EXPÕEM de forma clara, integral e fielmente as
Escrituras, mas apenas falam das Escrituras, muitas vezes de forma equivocada e
por que não dizer errada. Em virtude disto, é que surge a necessidade de expor
fielmente as Escrituras.
O termo Exposição
significa “ação de expor”, “colocar à mostra”, que por sua vez deriva do verbo
expor, que significa “por à vista, mostrar, apresentar explicar, explanar”. Portanto
exposição das Escrituras é pôr à vista, os textos das Escrituras Sagradas com
eles são.
Conhecendo o significa da
palavra exposição é preciso conhecer, também, seu conceitos teológico. Na teologia
esta palavra é empregada, principalmente, no conhecimento da pregação, do
sermão, umas das principais maneiras de expor as escrituras. Sendo assim, seu
conceito é classificado como melhor método de anunciar a verdade de Deus, de
forma integral, fiel, clara e sistematicamente. Isto foi atestado por grandes
pregadores antigos como: Spurgeon, Broadus, Dr. Martin Lloyd-Jones, John Stott,
Wesley e Edwards; e modernos como: John Piper, Paulo Washer, Hernandes Dias
Lopes, Stuart Olyott, Steven Lawson e Mark Dever.
A Exposição das Escrituras
é a melhor forma de propagar o conhecimento do Senhor. Pode-se afirmar isso com
segurança por diversos motivos. Primeiro, porque somente através da exposição
pode-se ser fiel ao texto bíblico, ou seja, não haverá desvio do que o texto
realmente está dizendo. Esta segurança acontece porque não baseamos a pregação
de acordo com um tema que nos interessa na busca de versículos que o sustenta,
mas no texto que buscamos nas Escrituras da qual surge o tema e suas divisões
estruturais. Segundo, um complemento do primeiro, é que neste método a
Escritura explica a si mesma. Por exemplo, não pode usar as Escrituras para
defender as verdades de alguém, ou aquilo que se imagina, mas ela é quem mostra
a verdade absoluta. O terceiro, e não menos importante que os outros, é que,
quando alguém usa a exposição bíblica, para anunciar a verdade de Deus ele
jamais pode fugir do que as Escrituras estão dizendo.
O que mais há
hodiernamente são estudiosos, pregadores e mestres que usam as Escrituras para
defender seus pontos de vista, utilizando os textos isolados, desrespeitando
seu contexto imediato e paralelo como toda a Escritura. Quando alguém usa um
versículo para ministrar o conhecimento de Deus, é necessário que a interpretação
deste versículo esteja em conformidade com ou outros 31.172 versículos.
Por esse motivo têm
surgido muitas heresias, não me refiro às pseudo-igrejas, como seitas, mas
dentro das igrejas ortodoxas, pessoas que não tem conhecimento da bíblia e
menospreza seu estudo sistemático, firmando seus ensinos em versículos
isolados. E o que mais assusta é que a igreja do Senhor tem dormido quanto a
este assunto. Que Deus levante homens, líderes, com o conhecimento do Senhor
para fazer a diferença no estado caótico que a igreja caminha (II Tm 4.2,3).
Portanto, caso alguém deseja
anunciar as verdades de Deus, procure fazer de forma expositiva. Não que os
outros métodos sejam desnecessários, mas pelo contrário, são úteis e atingem o
mesmo fim. Contudo são mais vulneráveis aos equívocos e a manipulação.
Abaixo segue uma lista
bibliográfica de livros que tratam da Pregação Expositiva (já li quase todos e
são excelentes):
BROADUS, John
A. Sobre a Preparação e a Entrega de
Sermões: o mais completo manual de homilética da atualidade. São Paulo:
Hagnos, 2009. 355 páginas.
LAWSON, Steven
J. A Arte Expositiva de João Calvino.
São José dos Campos: Editora Fiel, 2008. 142 páginas. (Coleção Perfil de Homens
de Deus)
LOPES,
Hernandes Dias. Pregação Expositiva: sua
importância para o crescimento da igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. 278 páginas.
MARINHO, Robson
Moura. A Arte de Pregar: como alcançar o
ouvinte pós-moderno. 2 ed. ver. e ampl. São Paulo: Vida Nova, 2008. 278 páginas.
OLYOT, Stuart. Pregação Pura e Simples. São José dos
Campos: Editora Fiel, 2008. 157 páginas.
ROBINSON,
Haddon W. Pregação Bíblica: o
desenvolvimento e a entrega de sermões expositivos. São Paulo: Shedd
Publicações, 2002. 272 páginas.
RYKEN, Leland. Santos no Mundo: os puritanos como
realmente eram. 2 ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2013. 377 páginas.
STOTT, John. Eu Creio na Pregação. São Paulo: VIDA,
2003, 374 páginas.
Por Fernando
Batista de Oliveira Souza
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