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"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim." João 5.39 "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." 2Tm 3.16,17

domingo, 24 de julho de 2016

DEUS NOS DEU UM LIBERTADOR





Textos Bíblicos


I Sm 17. 50
“Assim, prevaleceu Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu, e o matou; porém não havia espada na mão de Davi.”

Rm 5.18
“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para a condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens, para justificação que dá vida.”

INTRODUÇÃO
Assistimos na TV ou lemos na internet sobre as guerras que estão acontecendo na Europa e no Oriente Médio. Na Europa vemos a Ucrânia contra a Rússia, e no Oriente Médio Israel contra a Palestina. Rússia e Israel são duas potências bélicas com força superior a suas adversárias. Seria impossível a Ucrânia e a Palestina vencerem seus oponentes, pois são impotentes diante delas. Assim mantem-se em defesa o tempo todo, sabendo que não podem vencer, a não ser que um milagre aconteça.
Israel na época de Davi, como é relatado em 1 Samuel 17, estava passando pelos apuros semelhantes a estas nações menores que apontamos acima. Os filisteus estavam de prontidão para atacar Israel e fazê-los escravos. Eles tinham não mão um trunfo, que era a garantia de sua vitória, seu nome é Golias, um gigante de mais de 3 metros de altura. Este imponente homem assustava Israel, ao ponto deles tremerem. Israel estava sem saída, não tinha solução.
O rei Saul que era considerado o homem mais alto de Israel não ousou enfrenta-lo, e propôs aos seus súditos um prêmio para quem vencesse o gigante. Daria sua filha e encheria de riquezas, além disso, a casa de seus pais seria isentos de impostos. Não houve muitos, ou nenhum candidato.
Mas havia um jovem, ainda tenro em idade, por nome Davi, que estava indo ao campo de batalha para levar alimentos para seus irmãos. Quando chega ao campo fica indignado com o filisteu por afrontar o Deus vivo de Israel. Então ele decide enfrentar o gigante. Saul tentou persuadi-lo a desistir de ideia, mas foi resoluto e tomando uma pedra e pondo em sua funda a cravou na fronte do gigante e ele caiu. Assim Davi se tornou o libertador de Israel.
Então vocês podem perguntar o que tem a ver Davi, Cristo e nós. Onde isso se aplica às nossas vidas e que relação tem com o texto de Romanos lido no início? É exatamente isso que vamos refletir agora.

I – CONTEXTUALIZAÇÃO
Antes de refletir sobre o que propomos é necessário primeiro compreender alguns pontos importantes sobre tipologia.
Não gosto muito de pregar baseado em tipologia, mas decidi fazer neste caso, por acreditar ser importante para nossa compreensão das verdades bíblicas.
A tipologia é um assunto da hermenêutica que analisa fatos passados cuja caraterística marcante, ou determinada ação de um personagem bíblico aponta para algo maior, como Cristo, a igreja, Deus e a salvação. Podemos dar um exemplo de Moisés, cuja característica de sua ação no cumprimento do propósito de Deus, pode ser considerada um tipo de Cristo. Pois Moisés libertou Israel da escravidão do Egito e Cristo nos livrou da escravidão do pecado.
O tipo é algo do passado que aponto para algo maior no presente ou no futuro. O antítipo é o presente ou futuro que espelha o que aconteceu no passado.
Nesse caso de 1 Samuel 17 temos um assunto que pode ser analisado por tipologia. Muitas vezes vemos pessoas pregar sobre Davi e o Gigante, de forma que analisam Davi conosco, onde Davi venceu o gigante e nós também temos nossos gigantes e podemos vencê-los. Mas se olharmos nas Escrituras veremos que Jesus é descendente de Davi, e até chamado filho de Davi. Então pretendo entender o texto lido, como Davi sendo um tipo de Cristo.
Transição: Assim como Davi libertou a Israel, também fomos libertos do pecado por Cristo. No texto lido temos: um dominador (filisteus), dominado (Israel) e um libertador (Davi).
Assim também nós estamos em condição semelhante a de Israel, pois temos: um escravizador (pecado), escravos (humanidade, nós), e um salvador (Cristo).
Como nós podemos entender isso? Vejamos:

II – O PECADO DOMINOU O HOMEM.
Se analisarmos alguns textos bíblicos veremos que o homem é dominado pelo pecado. Estes textos mostram que:

2.1. Todos estão debaixo do pecado.
“Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado.” Rm 3.9.
“... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” Rm 3.23.

2.2. Somos herdeiros do primeiro pecado que passou a todos.
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” Rm 5.12.

Como podemos ver somos todos pecadores, somos escravos do pecado, pois ele nos domina de tal forma que não podemos vencê-lo.
Alguém pode até perguntar: podemos não pecar ou podemos abandonar práticas que são consideradas pecados? A resposta óbvia é não podemos deixar de pecar.
Mas concordo parcialmente que existem pecados que podemos evitar, como por exemplo: adultério, mentir, roubar, etc.
Até mesmo pessoas que não são cristãs ou convertidas podem evitar tais ou outros pecados. Vemos isso até mesmo nas páginas das Sagradas Escrituras. José não pecou em adultério, no entanto Davi o fez. Ananias e Safira pecaram com mentira. Acã roubou despojos de guerra. Houve consequências em todos eles.
Contudo há um pecado que quero frisar neste momento que nós não podemos vencê-lo. Está além de nossas forças, por melhor que uma pessoa seja, por mais devotada que possa ser não é possível vencer tal pecado.
Ele está tão intimamente ligado a nós que faz parte de nós. Ele é responsável por todos os outros pecados em nossas vidas. Ele é a força motriz que nos move diretamente ao inferno ao ponto de não podermos desviar do seu curso, pois não temos recursos para isso.
Que pecado é esse? Que ninguém pode vencê-lo?
O próprio Davi nos dá essa resposta nos salmos 51 e 58, vejamos:

“Eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” Sl 51.5.
“Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham proferindo mentiras.” Sl 58.3.

Nós nascemos pecadores e condenados ao inferno. E isso é durante nossa vida também, como atesta Paulo em Romanos:
“Como está escrito: não há justo, nenhum sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus... Não há temor de Deus diante de seus olhos”. Rm 3.10,11,18.
O que isso nos leva então? Só pode nos levar a uma coisa: condenação. E isto está explicito em Efésios:
“...entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.” Ef 2.3.

Alguém assustado pode perguntar e agora? Se não podemos vencer este pecado e estamos todos condenados por causa dele, não resta esperança para o homem? O que podemos fazer?
Diante dessas perguntas há duas respostas: uma notícia ruim e uma boa.

III – O QUE FAZER?

3.1. Uma notícia ruim
A notícia ruim é que não podemos fazer nada. Não há nada que podemos fazer para nos livrar disso, não há penitência, campanhas de oração, jejum ou sete passos para vencer este inimigo. Não há boas ações, caridade ou qualquer outra coisa que possamos fazer. Não temos capacidade de livrar a nós mesmos, pois estamos tão profundamente afetados pelo pecado, que somos considerados mortos e os mortos não podem fazer nada.
Estamos como Israel diante dos filisteus, nada pode ser feito, pois nosso inimigo é mais forte do que nós.
Isto é ratificado na própria palavra de Deus:
“20 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 21visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” Rm 3.19,20.
Pois até mesmo nossas boas obras são consideradas como lixo diante de Deus, por causa do pecado.
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo de imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento nos arrebata.” Is. 64,6.

Dessa forma somos condenados diante de Deus e nada pode nos livrar do pecado que nos condena.
Talvez você esteja estarrecido com esta notícia ruim e ansioso para saber qual a notícia boa. Essa notícia ruim nos deixou de mãos atadas e continuamos perdidos sem solução. Então qual a notícia boa?

Temos sim uma notícia boa, ou melhor, maravilhosa, que nos trará alegria sem medidas.
Realmente não podemos fazer nada quanto nossa condenação pelo pecado. Mas Deus sabendo de nossa incapacidade, causada pela transgressão, nos providenciou um libertador, um salvador, alguém que foi capaz de vencer este inimigo por nós e nos libertar. Este é Jesus Cristo, e venceu por nós. Venceu o pecado por nós. Que Maravilha!
Quando o pecado nos tragava e nos levava, como escravos para o abismo, Cristo nos socorreu. E não levou em conta nossa transgressão, mas nos proporcionou salvação.
“1Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados. 5 E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos.” Ef 2.1,5.

“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.” Rm 6.11.

“22Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendo o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; 23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Rm 6.22,23.

“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, pai.” Rm 8.15.

Agora temos vida eterna com Cristo, podemos ser libertos pelos méritos de Cristo, podemos ter comunhão com Deus e não mais vivermos atemorizados quanto ao juízo de Deus, mas seguros quanto nossa filiação com nosso eterno Pai.

3.2. O resultado disso é:
“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.” Ef 2.19.
“E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” Ef 4.24.


CONCLUSÃO
Sabemos que somos todos pecadores, conforme nossa herança deixada por Adão. E que não podemos livrar a nós mesmos, mesmo que nossas ações sejam dignas, que praticamos a justiça, ou que tenhamos boas obras. Isto não nos pode livrar da condenação. Mas também aprendemos que Jesus é nosso libertador, e aquilo que não podemos fazer ele o fez por nós e temos salvação e libertação nele.
Portanto, decida por Cristo hoje. Reconheça que Cristo é seu único libertador, que somente ele pode livrar você da condenação do pecado. Que você não pode por seus próprios méritos alcançar a vida eterna. Mas se curve a Cristo, pois alcançou por você.


CRÉDITOS:
Sermão para Culto de Ensino Bíblico.
Por: Fernando Batista de Oliveira Souza
Membro, Diácono e Prof. EBD da PIB em Santa Maria da Vitória - BA (Cong. Dr. Roberto).









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